
18 de junho de 2013 | 02h06
Células de seis a oito voluntários foram formadas e se espalharam pela manifestação para ajudar quem precisasse. A ideia era prestar auxílio em eventual confronto com a Polícia Militar. "O nosso interesse é fazer um trabalho humanista, pregando a não violência e a pacificação. Vamos ajudar a todos, seja manifestante, trabalhador e até mesmo um policial, que estará do outro lado", disse a médica Denize Ornelas.
Dez enfermeiros carregavam kits com vinagre, leite de magnésia, gaze e esparadrapos. Uma carroça de catador de material reciclável foi improvisada como maca, mas a ideia logo foi descartada por causa da multidão. Médicos muito jovens vestiam branco e jalecos para se destacar no meio do público.
"Desta vez, a gente conseguiu reunir mais ou menos 15 médicos, fora estudantes. A gente espera não precisar fazer nada", afirmou o médico Pedro Campana, de 26 anos, pouco antes do início da passeata. Na quinta-feira, ele prestou atendimento no Coletivo Matilha, na Rua Rego Freitas.
Ambulância. "A gente percebeu que tinha muita viatura, mas nenhuma ambulância (na quinta-feira passada). Ninguém se preocupou em socorrer feridos", disse a ativista Rebeca Lerer.
Ontem, até a meia-noite, para alívio de Rebeca, ninguém precisou agir.
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