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Reciclagem que espere, disse Rihanna

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Por Redação
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Sentado em cima de uma pilha de latinhas de Coca-Cola, Roberto Costa, funcionário da Barracoop, parecia desolado na madrugada desta segunda-feira. Ele tinha dois caminhões parados do lado de fora do Rock in Rio para recolher o material reciclável - que é estimado em 240 toneladas até o fim do festival, no próximo domingo. A grande pilha de material reciclável marcava o limpeza. Os caminhões não podiam entrar. O acesso para os serviços está do mesmo lado que o acesso para os bastidores e a circulação de artistas, e foi justamente um conflito entre essas duas partes que começou toda a confusão de limpeza no Rock in Rio.Quando a cantora Rihanna tentou sair da Cidade do Rock, após seu show, na madrugada de sábado, seu carrão encontrou pela frente um caminhão de lixo. Ela estrilou e os caminhões de lixo e de recolhimento de recicláveis foram proibidos de circular no momento dos shows - ou seja, durante mais de 12 horas.Como a população rotativa do Rock in Rio é de cerca de 110 mil pessoas - 100 mil pagantes em média, mais trabalhadores de serviços e produção, convidados e imprensa -, a produção de lixo foi superior à estimada. E, sem recolhimento, sua acumulação começou a causar problemas.O material reciclável dos sete dias do Rock in Rio deverá render um lucro de R$ 25 mil limpos (tiradas as despesas com pessoal e transporte) para a Barracoop, cooperativa responsável pelo recolhimento do material. É um bom negócio, mas a logística da Cidade do Rock terá de equacionar esses interesses - o conforto dos artistas e o do público - nos próximos dias, para que a maratona da música volte a cheirar bem. / J.M.

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