
23 de junho de 2010 | 00h00
Levantamento feito no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) mostra que 48,3% das verbas gastas em 2009 pelo Ministério na rubrica "prevenção e preparação para desastres" foram para a Bahia, ou quase metade dos R$ 143,7 milhões destinados a todo o País. Da bolada de R$ 69 milhões que Geddel mandou para o Estado, 88% foram destinados a prefeituras comandadas pelo seu partido, o PMDB.
Questionado ao deixar o cargo, Geddel negou ter beneficiado prefeituras do seu partido e alegou que parte dos pagamentos que fez era relativa a convênios firmados anteriormente. Mas admitiu, olimpicamente, que não se arrepende de mandar recursos para atender às necessidades do povo do seu Estado. O problema é que, enquanto ele enchia os cofres baianos, Santa Catarina e Rio Grande do Sul padeciam debaixo de tempestades nunca vistas. Pelo levantamento, o governo catarinense levou apenas R$ 5,4 milhões em 2009, ou 3,8% do total.
E há outros dados inexplicáveis no fluxo de liberações. Só Salvador, por exemplo, ganhou quase 15 vezes mais dinheiro que todos os municípios de São Paulo, que também padeceu com intempéries. E os baianos tiveram fatia 41 vezes maior que as prefeituras do Rio juntas.
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