10 de agosto de 2010 | 00h00
Eles coletam sacos com lixo misturado, em que os recicláveis vêm mesclados com papéis higiênicos usados, restos de alimentos deteriorados e outros elementos contaminantes. Quem trabalha para eles é obrigado a manipular todo tipo de imundície.
Para que o lucro do dono do negócio seja maximizado, os gastos com a operação precisam ser reduzidos ao máximo. Por isso, muitos utilizam mão de obra infantil ou quase escrava, bem barata, para fazer esse serviço.
Quem paga para que a sujeira que os morcegões deixam em qualquer lugar seja retirada é o cidadão que paga impostos. Sim, porque, como sua atividade é oficiosa, quase sempre clandestina, não há pagamento de impostos nem fiscalização adequada. Eles não pagam, mas você, sim.
Eles trabalham no vácuo deixado pela coleta seletiva ineficiente e insuficiente que temos em nossa cidade. Sua atuação retira o ganha-pão das mãos das cooperativas de catadores do Município. Vamos torcer para que a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos ajude a solucionar esses problemas.
É PRESIDENTE DO INSTITUTO GEA ÉTICA E MEIO AMBIENTE, ESPECIALIZADO EM GESTÃO DE RESÍDUOS, COOPERATIVAS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.