Nascido numa família progressista, João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto foi um dos jornalistas mais notáveis de seu tempo. Elaborou crônicas e reportagens para vários veículos. Algumas eram verdadeiros estudos antropológicos, como "As Religiões do Rio", de 1904, que virou livro. Tinha interesse por gente marginalizada, como presos, prostitutas e mendigos. Escreveu também para o teatro. Teve vários pseudônimos. Mulato e homossexual, tradutor do "maldito" Oscar Wilde, superou preconceitos e entrou para a Academia Brasileira de Letras em 1910, depois de duas tentativas.