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Queda de vazão dos rios coloca região de Campinas em estado de restrição de água

Calor intenso e irregularidade das chuvas causaram queda nas vazões; Campinas e outras 11 cidades usam águas do PCJ

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA - Os principais rios que abastecem as cidades das bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) tiveram grande queda nas vazões nesta terça-feira (20) e entraram em estado de restrição. Caso as novas regras de operação das vazões estivessem em vigor, cidades abastecidas pelos rios Atibaia, Jaguari e Camanducaia, todos da área do PCJ, teriam de reduzir em 20% as captações de água para abastecimento público.

Campinas e outras 11 cidades da região utilizam as águas desses mananciais. O calor intenso e a irregularidade das chuvas causaram a queda nas vazões.

Rio Piracicaba no seu início, após encontro dos rios Jaguari com Atibaia. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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Em alguns pontos, como na captação acima de Paulínia, no Rio Atibaia, a vazão caiu para 2,69 metros cúbicos por segundo, mais baixa do que no auge da estiagem. O nível de restrição nesse ponto foi atingido quando a vazão chegou a 3,5 m3/s. As novas regras definidas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo preveem redução de 20% nas captações do Jaguari quando este, no ponto conhecido como Pires, tiver vazão igual ou menor que 2,5 m3/s. Nesta terça-feira, às 18 horas, a vazão era de 2,3 m3/s, segundo a rede de telemetria do Consórcio PCJ.

O Rio Camanducaia, na captação do Dal Bo, baixou para 1,26 m3/s, abaixo do limite para restrição, que é de 1,5 m3/s. Conforme a resolução, além da redução nas captações para abastecimento público, as captações para uso industrial devem ser reduzidas em 30%. 

O mesmo percentual de redução será aplicado nas captações para irrigação. As regras foram aprovadas em audiências públicas realizadas em dezembro. A resolução conjunta ANA/DAEE deveria ter sido publicada na primeira semana de janeiro. De acordo com a agência nacional, a resolução passou por ajustes finais e está pronta para ser publicada.

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