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Quatro são detidos por aumento abusivo do preço de combustíveis

Responsáveis por posto são acusados de crime contra a economia popular; em Santana, o litro da gasolina era vendido por R$ 4,44

Por Solange Spigliatti
Atualização:

SÃO PAULO - Quatro responsáveis por postos de combustíveis foram presos na manhã desta quarta-feira, 7, na capital paulista. Eles são acusados de crime contra a economia popular, por aumentar o preço dos combustíveis.

 

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Segundo o delegado Fernando Shimidt De Paula, do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), desde a noite de ontem a delegacia já recebeu 15 denúncias de abuso no preço dos combustíveis pela cidade.

 

"Desde a manhã de hoje, 10 equipes de investigadores do DPPC estão na rua e já realizaram quatro prisões em flagrante", diz De Paula. Segundo ele, outras seis equipes ainda fazem diligência para confirmar as outras denúncias.

 

Aumento. Por causa da paralisação dos caminhoneiros desde a segunda-feira, 5, começou a faltar gasolina em diversos postos e alguns estabelecimentos aumentaram os preços nas bombas.O maior aumento foi identificado em um posto na Rua Alfredo Pujol, em Santana, zona norte.

Até ontem, o litro da gasolina era vendida a R$ 2,799 e, à noite, passou para R$ 4,449. O responsável pelo posto de combustível, Valmir de Souza Lima, e não o frentista, como informado anteriormente pelo DPCC, foi conduzido à delegacia no começo da manhã, após denúncia de um cliente.

Na noite de ontem, o consumidor, acostumado a abastecer no local, notou o aumento e, com uma nota fiscal, registrou boletim de ocorrência no DPCC.

O responsável por um posto na Alameda Barão de Limeira, 668, também foi detido. No local, a gasolina era vendida até ontem a R$ 2,699 e hoje passou para R$ 2,999.

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Outro preso é ligado um estabelecimento na Rua Amaral Gurgel, que normalmente revendia a gasolina a R$ 2,799 e hoje passou a vender a R$ 2,899.

Em Itaquera, na zona leste, um revendedor de combustível na Avenida Itaquera, 1.968, vendia o litro da gasolina a R$ 2,699 ontem e hoje a R$ 2,999. O álcool era vendido a R$ 1,599 ontem e passou a R$ 1,999 hoje. Um homem que trabalha no local foi detido.

Será elaborado um termo circunstanciado e os infratores deverão assinar o termo com o compromisso de não mudar de endereço e comparecer tanto à delegacia como no fórum quando for solicitado. Após a assinatura, poderão ser liberados. A pena por crime contra a economia popular vai de 6 meses a 2 anos de detenção, mais multa.

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