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Quadrilhas roubam dois caminhões na Marginal Tietê

Ladrões possuíam aparelho para desativar o sistema de rastreamento usado pelas transportadoras

Por Bruno Lupion
Atualização:

 

SÃO PAULO - Dois caminhões foram roubados em plena Marginal Tietê na noite de quinta-feira, 5, por quadrilhas especializadas em desativar o sistema de rastreamento usado pelas transportadoras. A polícia conseguiu recuperar os dois veículos, mas nenhum ladrão foi preso.

 

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O primeiro crime ocorreu por volta das 22 horas, no sentido Castello Branco, próximo ao Cebolão. Segundo o motorista, um carro com dois ocupantes fechou o caminhão-baú e o obrigou a parar no meio da pista. Um segundo carro, com pessoas capazes de desativar o rastreador, acompanhou a ação. "Me colocaram no banco de trás e começaram a dar voltas por Osasco", disse Lucenildo Leite de Lima, 30 anos, proprietário do veículo. Ele ficou sob poder da quadrilha por três horas. "Só conseguia pensar nas 57 parcelas que faltam pagar pelo caminhão", disse.

 

O veículo foi descoberto em um lavarrápido no bairro das Bandeiras, em Osasco, graças a uma testemunhas que viu o caminhão sendo descarregado e alertou a polícia por volta das 23 horas. "Entramos no local e vimos seis pessoas fugindo pelos fundos", disse o soldado Márcio Silva. Ninguém foi preso. Praticamente toda a carga, avaliada em R$ 300 mil, já havia sido transferida para um cômodo do lavarrápido. O proprietário do veículo foi liberado pelos criminosos no bairro de Presidente Altino, sem ferimentos, à uma hora da manhã.

 

Na mesma noite, uma carreta que transportava tintas foi interceptada por ladrões na Marginal do Tietê, em região ainda desconhecida, e levada para a Marginal Pinheiros. Como o veículo estava programado para pegar a Rodovia dos Bandeirantes, o sistema de rastreamento apontou desvio de rota e acionou a empresa de segurança. Eles tentaram contato com o motorista, sem sucesso, e perderam a localização do veículo.

 

Alguns minutos depois, o caminhão foi localizado, sem a carroceria, na Marginal Tietê, altura da Ponte do Piqueri, por um funcionário da empresa de segurança. Ele começou a seguir o veículo e avisou a polícia, que integrou a perseguição. Na Rodovia Anhanguera, altura do km 18, o ladrão pegou uma saída à direita e pulou do veículo em movimento, sem que a polícia percebesse. O caminhão chegou a rodar mais alguns metros mas, como estava em uma subida, parou e começou a voltar de ré, atingindo uma viatura que o perseguia. O ladrão conseguiu fugir.

 

Dentro da cabine os policiais encontraram o equipamento que bloqueia sinais de celular, conhecido por "capetinha": uma mala equipada com quatro antenas, transmissor e bateria. Segundo o soldado Góes, a potência do aparelho foi suficiente para bloquear os rádios das viaturas durante a perseguição.

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