Quadrilha suspeita de ligação com PCC é presa em SBC

Interceptação telefônica feita pela Polícia Militar indica suspeita de lavagem de dinheiro por parte do bando

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Por Daniela do Canto , Ricardo Valota e da Central de Notícias
Atualização:

Quatro pessoas, entre ela uma mulher, foram presas na tarde desta quinta-feira, 18, enquanto dois integrantes da quadrilha tentavam depositar R$ 328 mil em uma agência do banco Bradesco no Centro de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.

 

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Outros 68 mil dólares foram encontrados na casa da acusada. Os presos não comprovaram a origem do dinheiro, que será investigada pela Polícia Civil, assim como uma possível ligação da quadrilha com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

Os quatro acusados chegaram ao banco, no número 79 da Avenida Lucas Nogueira Garcez, por volta das 15 horas. Leandro Peterson Severino, de 36 anos - apontado pela polícia como o líder do bando - e Efraim da Silva Saraiva, de 43, entraram na agência para depositar o dinheiro.

 

Enquanto isso, Iorrana Rocha Nunes, de 21 anos e Sidnei Pedral Evangelista, de 33, aguardavam do lado de fora, em um Crossfox prata e uma Saveiro branca. A gerente do banco desconfiou da quantia e acionou a Polícia Militar. Quando os policiais da Força Tática do 6º Batalhão chegaram ao local, detiveram os quatro acusados.

 

Nos veículos foram encontrados um revólver calibre 32 e um calibre 38. Na casa de Iorrana, os PMs localizaram os 68 mil dólares. Ela teria dito à polícia que o dinheiro pertence a Severino.

 

Na bolsa da acusada foram apreendidos outros R$ 562. Na casa do líder do bando, os policiais encontraram um documento falso, em nome de Leandro Rodrigues de Moura. De acordo com a polícia, Severino e Saraiva já tinham passagem por receptação. Investigação Os quatro presos responderão por formação de quadrilha e porte ilegal de arma.

 

A Polícia Civil também abrirá um inquérito paralelo para investigar se eles estão envolvidos em lavagem de dinheiro. Além disso, a polícia também vai apurar se há ligação dos presos com o PCC. Segundo o delegado Mitiaki Yamamoto, da Delegacia Seccional de São Bernardo do Campo, a PM interceptou uma ligação para o celular de um dos acusados na qual a pessoa dizia que eles deviam se livrar dos policiais porque o dinheiro pertencia ao "Partido".

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De acordo com o delegado, os R$ 328 mil seriam depositados na conta da facção criminosa. Mitiaki contou que Severino entrou em contradição ao explicar a origem do dinheiro: primeiro disse que a quantia era proveniente da venda de um caminhão carregado de cereais, depois que o dinheiro viria do comércio de motos importadas e por último, que possuía um posto de gasolina e que o dinheiro vinha da movimentação do estabelecimento.

 

Ampliada às 5h54

 

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