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Quadrilha invade casa e faz idosos reféns na zona sul de SP

Moradores, vigilante de rua e empregada foram imobilizados com lacres plásticos nos pulsos

Por Bruno Lupion
Atualização:

SÃO PAULO - Quatro ladrões armados invadiram uma residência e renderam um casal de idosos e seu filho em Indianópolis, zona sul da capital, por volta das 22 horas de segunda-feira, 13. Após fazer uma devassa em todos os cômodos da casa, a quadrilha fugiu no Citröen C4 Pallas das vítimas levando computadores, televisores, joias, bebidas, roupas e outros pertences. Os moradores, além de um vigilante de rua e uma empregada também rendidos, foram imobilizados com lacres plásticos nos pulsos.

 

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A dentista aposentada Luísa, 70 anos, que preferiu não revelar o sobrenome, estava na cama vendo televisão quando um homem mascarado invadiu o quarto e apontou a arma para sua cabeça. O marido, de 75 anos e também aposentado, escovava os dentes no banheiro do casal e, ao gritar por socorro, foi agredido. "Eles levaram tudo: roupas, perfumes, faqueiro, bebidas, celulares. Diziam que eram profissionais", contou Luísa.

 

Segundo ela, os ladrões usaram uma chave mixa para abrir o portão da garagem e entraram pela cozinha da residência, na Alameda dos Anapurus, nº 180. A porta que dá acesso ao segundo andar, onde ficam os quartos, foi arrombada. "Durante a ação eles se comunicavam por rádio com alguém que estava do lado de fora", contou. É a segunda vez em dois anos que a residência da família é assaltada - na primeira, criminosos aproveitaram a chegada do filho para invadir o local. "Quero me mudar daqui", disse Luísa. Aos moradores, o vigilante afirmou que viu os ladrões tentando abrir o portão e, quando se aproximou, foi rendido.

 

Luísa disse que a Polícia Militar demorou 40 minutos para chegar à residência após ser acionada e, até a madrugada de terça-feira, 14, a perícia ainda não havia aparecido. "Este lugar está cheio de impressões digitais dos bandidos", disse. "A Constituição diz que segurança é um dever do Estado. Só se for estado de coma", criticou.

 

A Polícia Militar, por meio de sua assessoria, informou que chegou ao local 6 minutos após ser acionada e que em casos de roubo consumado cabe às vítimas ir à delegacia registrar a ocorrência. Os moradores disseram que estavam emocionalmente abalados e que só iriam à delegacia na manhã desta terça-feira.

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