24 de outubro de 2011 | 03h03
Quatro assaltantes armados invadiram o prédio da Fundação Criança em São Bernardo do Campo, no ABC, ontem de manhã. Além de roubar eletrônicos, os criminosos depredaram instalações. O advogado Ariel de Castro Alves, presidente da entidade, calcula que o prejuízo tenha sido de R$ 100 mil.
Os ladrões entraram no local depois de render um vigilante particular, às 6h20. Ele havia assumido o serviço às 6h, após guardas-civis municipais deixarem a fundação.
O grupo roubou dez monitores de LCD, uma televisão de plasma de 42 polegadas, 28 celulares, notebook e filmadora. Os criminosos reviraram todas as dependências em busca de objetos de valor. De acordo com Alves, os assaltantes arrombaram as dez salas e os 12 armários. A quadrilha espalhou documentos e livros pelo chão.
O assalto aconteceu um dia antes de a Fundação Criança começar a instalar sistema de alarme e câmeras de segurança. "É uma estranha coincidência. Alguém que conhece a instituição pode ter passado essa informação aos criminosos. Na semana passada, tínhamos instalado apenas a fiação para os equipamentos de segurança", afirmou Alves.
Os criminosos jogaram água no servidor de informática. "Um técnico vai verificar o estrago do servidor e ligar os computadores da rede. Só aí poderemos ver se perdemos documentos e arquivos que estavam nos computadores", disse o advogado.
O caso foi registrado no 3.º DP de São Bernardo pelo delegado Antonio Carlos Rennó Miranda. A Polícia Civil vai requisitar as imagens das câmeras de um prédio vizinho para verificar se o sistema de segurança conseguiu filmar a entrada e a fuga do bando.
O advogado ainda não tem pista dos autores do assalto. "A gente tem uma relação boa com toda a comunidade, principalmente com os próprios jovens que são atendidos pela fundação. Não é comum que instituições que fazem um trabalho social sejam alvo de assaltantes armados."
A Fundação Criança é uma entidade vinculada à prefeitura de São Bernardo do Campo e dá assistência a 9 mil jovens por ano. São atendidas crianças em situação de risco ou vítimas de violência doméstica e sexual, adolescentes infratores em liberdade assistida e jovens ameaçados por traficantes e policiais. / GIO MENDES
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