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Publicitária diz ter sido vítima de racismo na Avenida Paulista

Senhora tratada como doente mental pela polícia teria chamado mulher de 'macaca' e 'negra favelada'

Por Ricardo Chapola
Atualização:

Texto atualizado às 18h53

 

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SÃO PAULO - A publicitária Karina Chiaretti, de 42 anos, diz ter sido vítima de racismo na Avenida Paulista, uma das mais importantes de São Paulo, na última sexta-feira, 30. Karina estava acompanhada de sua filha, de 9 anos, na galeria Top Center quando uma senhora, Davina Aparecida Castelli, começou a ofendê-la depois de tê-las visto. Segundo relatou ao Estado, Davina teria chamado Karina de "macaca" e de "negra favelada".

"Fomos almoçar e depois fui comprar esmaltes para minha filha. Ouvi barulho. A senhora já estava ofendendo outras pessoas. Quando entrei na loja, ela passou por mim e falou: 'eu não gosto de negro. Negro é sujo. Deveria ser proibida a entrada deles aqui. Negro é imundo'", contou Karina. "Minha filha começou a chorar. Liguei para a polícia". A polícia, afirmou, chegou rápido. Karina disse que a senhora que a agrediu continuou aos berros, ofendendo outras pessoas, e que exigiu ter um policial branco ao seu lado. A caminho da delegacia, a senhora teria pedido ao policial que a levasse para casa para tomar remédio, já que passava mal. Ao chegar lá, ela se trancou dentro de casa e não prestou o depoimento. Segundo Karina, o policial teria alegado que a senhora tinha doença mental. O Estado procurou a Policia Civil. Segundo a assessoria, Davina deverá prestar depoimento porque seu nome e endereço constam no BO. Não é a primeira vez que a mesma senhora se envolve em episódios de discriminação racial. Vídeos na internet mostram reportagem feita em 2011 sobre um flagrante da mesma mulher xingando um deficiente físico. Segundo a PM, na época ela teria pedido para que eles recolhessem "esse lixo, este macaco". A senhora também agrediu os policiais após ter recebido voz de prisão: "Eu não vou! Seus vagabundos, idiotas! Analfabetos! Sai da minha frente!", registra o vídeo.

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