
03 de dezembro de 2012 | 02h03
Onze partidos se comprometeram com o documento, inclusive o PSDB que, embora vá fazer oposição ao prefeito eleito, Fernando Haddad (PT), compôs com os petistas porque, com nove vereadores, tem a segunda maior bancada da Câmara e deve ficar com a primeira-secretaria da Mesa. Até agora não assinaram o documento proposto apenas os vereadores do PSD (7), PV (4), PSOL (1) e PC do B (1) - este último deverá fazê-lo neste início de semana.
O PT conseguiu as assinaturas do PSB, que montou um bloco com o PSD de Kassab na Câmara e também com o PV. Os socialistas apoiaram Haddad na campanha e integrarão o secretariado municipal a partir de janeiro - o vereador reeleito Eliseu Gabriel (PSB) vai ocupar uma pasta que abrigará duas atuais secretarias, Desenvolvimento Econômico e Trabalho e Microempreendedor Individual.
Na última semana vereadores petistas e tucanos procuraram o presidente da Câmara, José Police Neto (PSD), para propor que o PSD integre o movimento encabeçado pelo PT. Police, que quer se manter no comando da Casa, disse apenas que o partido comandado por Kassab tomaria sua decisão em uma semana.
Para manter controle sobre a Câmara, Kassab tem ligado para vereadores para relembrá-los de ações suas que os beneficiaram. Ele ainda tenta conseguir do PT ao menos o compromisso do rodízio entre PT e PSD na Casa, o que os petistas rejeitam. Dessa forma, a relação entre os partidos - que no plano federal caminha para um entendimento na composição da base da presidente Dilma Rousseff - entra em um impasse.
O PSD, que ainda não decidiu se integrará a base de Haddad na Câmara, também não obteve espaço no futuro governo. Se optar pela proposta petista da proporcionalidade, o PSD, com a 3.ª maior bancada, deixará a presidência para ocupar a segunda-secretaria em 1.º de janeiro.
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