13 de novembro de 2013 | 02h02
Até a noite de ontem, Filippi resistia a assumir a Secretaria de Governo, mas havia a expectativa da nomeação. Em Brasília, Padilha monitorava com atenção a substituição de Donato. Na montagem da equipe de Haddad, ele apoiou a indicação de Filippi para a Saúde.
Amigo do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, Donato tinha problemas de relacionamento com alas do PT que fazem pressão para Haddad ser mais "político". Em conversas reservadas, dirigentes reclamam que o prefeito não ouve o partido e tem agido como se fosse "promotor". Para os críticos, atitudes assim "não sustentam" o governo.
Deputados petistas avaliam que Haddad precisa "mostrar resultados" se quiser recuperar a popularidade, ajudar Dilma e eleger Padilha governador. "É covardia comparar o risco político com os ganhos éticos e morais", responde o prefeito sempre que o assunto vem à tona.
Dirigentes do PT sempre se queixaram da "falta de proximidade" com Haddad e agora querem criar uma "rede de proteção" para salvar a relação entre o PT e o PSD de Gilberto Kassab. Para eles, somente Filippi - ex-prefeito de Diadema, ex-tesoureiro da campanha de Dilma e conhecido por sua habilidade política - encaixa-se nesse figurino.
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