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Protesto na Favela do Moinho bloqueia ramal da CPTM

Moradores jogaram a carcaça de um carro na linha de trem; ato impediu a circulação de vagões por 1h nesta terça

Por Artur Rodrigues e Bruno Ribeiro - O Estado de S. Paulo
Atualização:

SÃO PAULO - Um protesto dos moradores da Favela do Moinho interrompeu a circulação dos trens da Linha 8-Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) durante uma hora no começo da noite desta terça-feira, 18. Os moradores jogaram a carcaça de um carro na via férrea, paralisando o ramal.

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O protesto em si durou cerca de dez minutos, segundo a inspetora Lindamir Magalhães, da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Foram guardas-civis que negociaram com os manifestantes a retirada do veículo. "Conversamos com eles e eles entenderam. Se comprometeram a não fazer mais nenhum protesto hoje", disse a inspetora, que afirmou também que a manifestação foi pacífica e que não houve prisões nem pessoas feridas.

A CPTM informou que a circulação foi interrompida às 20 horas, já por causa da invasão da linha. Mas só às 21 horas, depois que a carcaça de carro foi retirada, é que a circulação voltou. Nesse período, apenas o trecho entre as Estações Julio Prestes e Palmeiras-Barra Funda ficou fechado. No restante da linha, a circulação foi normal.

Os passageiros afetados tiveram de descer dos trens na Barra Funda e se dirigir ao centro pela Linha 7-Rubi, que para na Estação da Luz (a Linha 8 vai até a Estação Julio Prestes). Quem estava na Julio Prestes foi orientado a andar até a Luz (a cerca de 500 metros) para seguir viagem.

Reconstrução. Ainda segundo a GCM, o protesto começou porque parte dos moradores quis recomeçar a reconstrução da favela ainda nesta terça-feira. Durante a manhã, um grupo de moradores chegou a fazer um mutirão para reerguer os barracos queimados na manhã de segunda-feira, 17, mas foi impedido. A reivindicação persistiu ao longo do dia.

Guardas-civis que têm feito rondas na favela disseram que a carcaça usada na noite desta terça-feira, que ainda tem as rodas do carro, já havia sido utilizada para manifestações.

A Polícia Militar também foi chamada para reprimir o protesto dos moradores mas, segundo a corporação, quando as primeiras equipes chegaram a linha férrea já havia sido desobstruída.

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