PUBLICIDADE

Protesto em Copacabana lembra morte de DG

Cerca de 150 pessoas participaram da manifestação; dançarino morto na última terça foi homenageado na TV

Por Daniela Amorim (Broadcast) e RIO
Atualização:

Moradores do Morro Pavão-Pavãozinho tomaram as ruas de Copacabana ontem em protesto contra a morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, assassinado na última terça-feira na comunidade localizada na zona sul do Rio. O trânsito nas principais ruas do bairro foi interrompido pelos manifestantes. Apesar de protestos de amigos da vítima e de provocações contra policiais, o ato transcorreu pacificamente. Quinze carros da Polícia Militar reforçaram a segurança nas imediações da entrada da favela. Os manifestantes marcaram a concentração em frente à praia de Copacabana e caminharam por cerca de um quilômetro pela orla até entrarem pelas ruas do bairro. PMs acompanharam todo o movimento, que reuniu cerca de 150 pessoas. A mãe de DG, Maria de Fátima da Silva, chegou ao protesto tocando um surdo. "Agradeço a vocês pelo grito de guerra que evitou que meu filho fosse enterrado como um indigente", disse ela aos organizadores do ato. Os manifestantes carregaram cartazes denunciando a violência policial e pedindo paz e justiça para DG, encontrado morto a tiro em uma creche. Organizadores pediram aos participantes que conduzissem o protesto em paz, lembrando que havia ali muitas crianças. A caminhada seguiu até a porta do edifício onde DG morava com a mãe, no mesmo bairro. Os manifestantes sentaram-se no chão, fizeram um minuto de silêncio, rezaram e cantaram. Os participantes, a maioria com roupas brancas, também homenagearam Edilson da Silva dos Santos, conhecido como Mateusinho. Deficiente mental, ele foi morto com um tiro na cabeça durante manifestação contra a morte de DG. TV. O dançarino DG foi homenageado ontem no programa Esquenta, comandado pela apresentadora Regina Casé, na Rede Globo. Ele costumava se apresentar no programa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.