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Protesto contra a falta de água em SP termina com dois detidos

Manifestantes fecharam a Paulista e a Consolação e pediram que seja decretado o estado de calamidade pública

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

SÃO PAULO - A Secretária de Estado de Recursos Hídricos foi alvo nesta quarta-feira, 11, de um protesto organizado por movimentos sociais que, até a semana passada, participavam de atos pela redução das tarifas. Cerca de 300 pessoas bloquearam a Avenida Paulista e a Rua da Consolação. 

O ato só começou depois de uma longa tensão com a Polícia Militar, que impediu a realização do protesto - cuja concentração era no Masp, na Avenida Paulista - até que o itinerário da passeata fosse informado. 

Polícia fechou o cerco aos manifestantes no vão livre do Masp Foto: EVELSON DE FREITAS/ ESTADAO

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Enquanto eram impedidos de bloquear a Avenida Paulista, um empurra-empurra com a PM resultou na prisão de duas pessoas. Com escudos e cassetetes, um cordão formado por policiais militares tentou impedir que os manifestantes saíssem do espaço. "É um direito mais básico, ir e vir, que eles estão quebrando. Eles não estão deixando as pessoas saírem nem pra ir para casa", disse a estudante Cinthia Marques, de 22 anos. A PM contestou: "Individualmente, eles podem sair. Coletivamente, não", disse o major Xavier, comandante da operação. 

De mãos dadas e com guarda-chuvas, os manifestantes tocaram tambores e dançaram em círculos. 

O protesto reivindicou que seja decretado o estado de calamidade pública e criticou tanto o governador Geraldo Alckmin (PSDB) quanto a presidente Dilma Rousseff. Na área conhecida como Parque Augusta, na Rua Caio Prado, manifestantes também atacaram o governo de Haddad. 

O ato terminou por volta das 21h30, na Praça Roosevelt sem novos confrontos. 

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