Atualizada às 20h57
SÃO PAULO - O Ministério Público Estadual pediu a prisão temporária de Ronilson Bezerra Rodrigues, ex-subsecretário da Receita Municipal na gestão Gilberto Kassab (PSD), apontado como líder da Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS). A prisão, em caráter liminar, será analisada pela 21.ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda. Para os promotores do caso, fora das grades o chefe do esquema poderia atrapalhar o processo.
“Na investigação, ele (Ronilson) já pagou advogado para tentar comprar testemunha, ia da Prefeitura para a Câmara quando sabia que alguém iria depor, tentou de todas as maneiras dificultar a investigação. Por que na fase processual seria diferente?”, questionou o promotor que liderou as investigações, Roberto Bodini.
A denúncia, antecipada pelo Estado nesta sexta-feira, inclui 11 pessoas - Rodrigues, os ex-servidores Eduardo Horle Barcellos, Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral e Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, além do auditor fiscal Amilcar José Cansado Lemos, que ainda trabalha na Prefeitura, e familiares de Ronilson, Lallo e Lemos. Não há prazo para ser apreciada pela Justiça. A juíza do caso, Renata William Rached Catelli, deve começar a leitura dos autos neste fim de semana.
Empresas. Ao relatar os crimes cometidos pela quadrilha, o MPE usa como exemplo seis casos de concussão (quando o funcionário público exige pagamento para fazer o serviço que deveria) contra seis construtoras que atuam na capital: Tarjab, Alimonti, Brookfield, AMF, Trisul e Onoda.