03 de agosto de 2013 | 02h02
O trabalho do Ministério Público, no julgamento dos policiais militares acusados no caso Carandiru, pauta-se pela análise técnica do episódio e pela demonstração lógica entre o descompasso da fala defensiva e as provas produzidas nos autos.
A estratégia de excluir do pedido condenatório 21 das mortes do total de 73 que ocorreram no 2.º andar da Casa de Detenção, e que estavam no início do julgamento, revela que a promotoria busca uma pena condizente com a ação perpetrada pelos acusados. Essa postura tende a sedimentar a confiança do júri no Ministério Público.
A defesa, por sua vez, busca desconstruir a tese do promotor, incutindo na mente dos jurados diversas dúvidas.
Almeja, ainda, isentar os policiais de responsabilidade e desenhar um cenário de terror no dia da invasão.
Esse é seu ponto forte, além de expor a dificuldade da promotoria em individualizar com precisão a conduta de cada um dos agentes.
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