
18 de agosto de 2008 | 15h47
O promotor de Justiça de São Paulo Thales Ferri Schoedl - que matou um jovem em 2004 em Bertioga - perdeu o direito a cargo vitalício. A decisão foi confirmada nesta segunda-feira, 18, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), e, agora, Thales não poderá recorrer no CNMP, apenas no Supremo Tribunal Federal (STF). Veja também: Entenda o caso do promotor Thales Schoedl A revolta dos familiares dos jovens feridos Promotor a tiros critica a imprensa Todas as notícias sobre o caso Em junho, o Conselho havia negado o cargo vitalício de Thales, que recorreu da decisão. Na época, ele também foi exonerado do cargo no Ministério Público. Com a decisão desta segunda, Thales perde o direito ao foro privilegiado. Cabe ao Ministério Público de São Paulo editar sua exoneração. Segundo o MP, o órgão aguarda ser informado formalmente sobre a decisão. Mesmo afastado, o promotor continuava recebendo um salário de aproximadamente R$ 10,5 mil. Na próxima quarta-feira, 25 desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo se reúnem para decidir se aceitam a denúncia contra o promotor. Se os desembargadores aceitarem a denúncia, Thales vai a júri popular. No entanto, caso a decisão desta segunda seja publicada no Diário Oficial, o julgamento deve ser cancelado. A expectativa é de que ele seria absolvido no julgamento de quarta, pois muitos desembargadores sinalizaram que ele teria agido em legítima defesa. Thales matou a tiros o estudante Diego Mendes Modanez, de 20 anos, e feriu Felipe Siqueira Cunha de Souza, também estudante, que na época tinha 20. Segundo o promotor, ele e a namorada estavam saindo de uma festa na Riviera de São Lourenço, no litoral de São Paulo, quando um grupo de mais de dez rapazes teria mexido com a moça. Apesar dos vários disparos, Schoedl afirmou que agiu em legítima defesa. Texto ampliado às 17h55 para acréscimo de informações.
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