Projeto para o Estado nunca entrou na pauta

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

O deputado estadual Barros Munhoz (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa, afirma que a inspeção veicular estadual ainda não foi aprovada porque não houve consenso ou orientação expressa do governador Geraldo Alckmin (PSDB), como cobra o prefeito Fernando Haddad (PT). Os tucanos foram duramente criticados pelo prefeito. "Não houve consenso. Aliás, com mais de um ano na Assembleia, é o único (projeto) remanescente", disse Munhoz.O deputado afirma que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) nunca fez pressão para a aprovação da lei. "Ele sempre deixou a critério da Assembleia, assim como já fez com outros projetos", comentou. No dia seguinte à aprovação das mudanças no programa municipal, Alckmin elencou outras medidas para combater a poluição provocada por automóveis nas grandes cidades. "Uma das ações é a redução do valor do etanol para estimular proprietários de veículos flex a usar esse tipo de combustível. Mas a Petrobrás também precisa fazer a sua parte, melhorando a qualidade de seus produtos", disse.Haddad atacou o PSDB afirmando que o partido é contraditório. "(A oposição) tem uma reação na Câmara Municipal e uma na Assembleia Legislativa. Há alguma coisa errada no PSDB. Quantos PSDBs existem?" Ele afirmou ainda que o partido "se diz ambientalista em um lugar e está estragando o meio ambiente em outros". E ressaltou a responsabilidade do Estado. "Se vocês forem ler a legislação federal, vão ver que se trata de um programa estadual. Só duas cidades do Brasil têm autorização para fazer inspeção, Rio e São Paulo. Nós estamos aguardando há dez anos a regulamentação disso", disse. Perguntado sobre o impacto ambiental de diminuir a periodicidade da inspeção, Haddad citou exemplos de outros países que fariam o mesmo. "É uma visão provinciana. As pessoas precisam saber o que acontece na Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália". / A.F., ARTUR RODRIGUES e REGINALDO PUPO

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.