
10 de abril de 2012 | 09h09
Em 2008, a Prefeitura anunciou um plano urbanístico para a zona boêmia da Vila Madalena. Em parceria com uma cervejaria, o Município prometia alargar calçadas, enterrar fios e instalar totens com mapas da região e bancos de madeira em ruas como a Aspicuelta e Wisard. Na época, a Prefeitura disse que o contrato seria assinado em dois meses. Agora, afirma que o projeto não vai mais sair. Entre os motivos estão a desistência do parceiro e críticas dos moradores.
1. Como era o projeto anunciado pela Prefeitura em 2008?
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Naquele ano, a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), responsável por definir as exceções à Lei Cidade Limpa, autorizou a assinatura de um termo de cooperação entre a cervejaria Ambev e a Prefeitura para a reforma das Ruas Wisard e Aspicuelta, na Vila Madalena, onde fica a maior parte dos 70 bares do bairro. A cervejaria bancaria R$ 3,5 milhões em obras e, em troca, poderia colocar propaganda na zona boêmia.
2. Os investimentos seriam feitos só pela empresa?
Não. A Subprefeitura de Pinheiros e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) também investiriam em melhorias. O valor total não estava fechado, mas a Prefeitura anunciou que o contrato para as intervenções seria assinado em dois meses. Até uma segunda etapa, englobando as Ruas Harmonia e Mourato Coelho, já estava prevista.
3. Quais eram as intervenções planejadas?
O plano era fazer um tratamento urbanístico parecido com o que hoje existe na Rua Oscar Freire, nos Jardins. Com calçadas mais largas e fiação enterrada, a locomoção das milhares de pessoas que se aglomeram nos bares todo fim de semana seria mais fácil. Além disso, a região ficaria mais agradável, com bancos de madeira, proteção para árvores e totens com mapas.
4. Porque o projeto não saiu do papel?
Segundo a Prefeitura, por duas razões separadas. O novo plano urbanístico teria sido abandonado porque a cervejaria desistiu do projeto. Apesar do custo ser relativamente baixo, a administração não informou se, sozinha, poderia fazer as intervenções.
5. E qual é a segunda razão?
Segundo a CET, houve protesto de moradores contra o estudo de melhoria de tráfego viário feito pela companhia, que previa mudança na mão de algumas ruas, instalação de estacionamento rotativo (Zona Azul) e ampliação das calçadas para dar mais segurança aos pedestres. A comunidade local então procurou o Ministério Público Estadual e, por causa disso, a CET desistiu das intervenções.
A QUEM RECLAMAR
Prefeitura de São Paulo
http://sac.prefeitura.sp.gov.br
Ouvidoria Geral do Município
(11) 0800-175717
(11) 3334-7132
Subprefeitura de Pinheiros
(11) 3095-9595
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