PUBLICIDADE

Projeto de canalização do córrego já foi previsto em 2008

Neste ano, Prefeitura transferiu R$ 19 milhões das obras a outras áreas; administração promete aplicar verbas em 2011

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

As mortes se repetem na região do Córrego Ponte Baixa desde 1999. O manancial corta dois bairros superpopulosos e com milhares de habitações irregulares nas suas encostas, o Jardim Ângela e o Jardim São Luís. Um projeto para a canalização completa dos 3 quilômetros do ribeirão ficou pronto em 2008. Mas a obra foi alvo de sucessivos remanejamentos de verbas desde 2009. Ao longo deste ano, a gestão Gilberto Kassab (DEM) transferiu R$ 19,9 milhões que seriam aplicados na canalização para outras áreas. Da canalização do Ponte Baixa saíram em junho, por exemplo, R$ 6,7 milhões para acelerar as obras do Viaduto Estaiado Padre Adelino, no Tatuapé, zona leste. A Prefeitura informou que tenta liberar recursos federais para a intervenção - orçada em R$ 340 milhões e prometida pela primeira vez em março de 2003 -, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).O governo diz também que os R$ 19,9 milhões remanejados neste ano do córrego serão reaplicados em 2011, quando a execução do projeto começar. "A canalização do Córrego Ponte Baixa é uma prioridade prevista no orçamento de 2011", informa.Novo alagamento. O Córrego dos Freitas, que também cruza M"Boi Mirim e Campo Limpo, transbordou ontem e alagou cerca de 70 casas e barracos no Jardim Capelinha. A empreiteira Pedreira Aidar, que realizava a canalização do córrego há três anos, teve o contrato rescindido pela Prefeitura no dia 30 de setembro. O governo argumenta que não foi possível concluir a canalização de um trecho de 399 metros do córrego por causa das famílias que se recusam a deixar as margens. O projeto para a reurbanização completa dos 3,3 quilômetros do manancial, feito em 2007 pela Drenatec Engenharia, por R$ 247 mil, também não tem prazo para virar obra.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.