O disparo de Araújo ocorreu durante uma operação da Polícia Militar que combatia a venda de produtos ilegais, depois de Braga, de 30 anos, tentar tirar o spray de pimenta que o soldado tinha na mão. O momento foi registrado em vídeo, divulgado antecipadamente pelo Estado à época.
O caso. As imagens mostravam Brito sendo abordado pelos três PMs e tendo as mercadorias apreendidas. Eles conversam até que um policial dá um tapa no ambulante, que tenta reagir e é dominado e agredido por outro policial, o mesmo que, mais tarde, daria o tiro. Policiais e o ambulante caem no chão, mas Brito é rapidamente dominado e imobilizado por dois PMs. O terceiro, autor do tiro, fica em pé e saca a arma e o spray de pimenta e começa a apontá-los para pessoas que se aproximam.
Um grupo de ambulantes, entre eles Braga, começa a pedir que a PM solte Brito, alegando que “ele é trabalhador”. Braga é o que mais argumenta. O policial em pé fica mais de dois minutos com a arma em punho. Ao contrário da versão oficial, não há nenhum policial sendo agredido ou encurralado. Durante o bate-boca, Braga tenta retirar da mão do PM o spray de pimenta e é baleado no rosto pelo policial que estava em pé, conforme mostra outro vídeo, divulgado pelo Jornal da Record. Braga foi levado ao Hospital das Clínicas, em Cerqueira César, zona oeste de São Paulo, onde morreu.
O Inquérito Policial Militar concluiu que não houve conduta irregular do policial na morte do homem, já que o soldado teria agido em legítima defesa. O caso é analisado na Justiça comum.