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Problema do Rio agora é ''excesso'' de prisões

Por Pedro Dantas
Atualização:

O ritmo acelerado das prisões após as ocupações dos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio, preocupa as autoridades. O motivo é a superlotação das carceragens da Polícia Civil. Até o dia 2, pelo menos 145 pessoas tinham sido presas.O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) alerta que as carceragens da Divisão de Capturas da Polícia do Rio (Polinter) estão superlotadas. "A Polícia Civil abriga em suas carceragens 4 mil presos, alguns em locais sem água potável nem luz natural. O governo do Estado não constrói casa de custódia, mas, paradoxalmente, o discurso é de ocupar território e capturar criminosos", disse o deputado. Ele já integrou o Conselho Comunitário da Pastoral Carcerária e inspirou o personagem que negocia com presos no filme Tropa de Elite 2.Procurado, o coordenador do Sistema de Controle de Presos da Polinter, delegado Clei Catão, não se manifestou.Prisões. Ontem, a Polícia Civil prendeu Tiago Augusto dos Santos Igreja, o Tiaguinho do Complexo, acusado de lavar dinheiro do traficante Fabiano Atanázio, o FB. Ele foi detido em sua cobertura, em um condomínio de classe média em Vargem Grande. O acusado tinha passagens na polícia por sequestro e receptação de carros roubados. Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas prenderam na Vila Cruzeiro um cabo da Marinha acusado de ser ligado a traficantes do Morro do Cajueiro. O nome não foi revelado. André Carvalho da Silva, de 31 anos, que estava foragido da Vila Cruzeiro, foi identificado e preso em um táxi na Avenida Brasil. O taxista também foi preso.

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