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Privatização e mudança: dois temas recorrentes

Por Nataly Costa
Atualização:

A Ceagesp tem um histórico de projetos e obras que não saíram do papel. A mais divulgada era uma mudança do terreno de 700 mil metros quadrados da Vila Leopoldina para o Trecho Oeste do Rodoanel, o que aliviaria o trânsito de caminhões na Avenida Doutor Gastão Vidigal. Os moradores do bairro são favoráveis à saída e reclamam frequentemente da degradação da área da Ceagesp, que tem uma favela nos fundos. Vender a companhia para a iniciativa privada também é uma discussão antiga. Em 1997, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, na chamada era das privatizações, diversas empresas mostraram interesse em comprar a Ceagesp, que chegou a entrar no Programa Nacional de Desestatização. Técnicos e economistas avaliaram, porém, que a companhia era um mau negócio porque nunca deu lucro. No mesmo ano, para amortizar a dívida estatal, o governador Mário Covas transferiu a Ceagesp para a União. Em junho de 2002, o então presidente FHC anunciou a doação da área à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que foi negada pelo então diretor-presidente da Ceagesp, Valmir Prascidelli.Flores. A promessa mais recente de revitalização foi a da construção de um espaço exclusivo para as flores, que ocuparia um terreno de 70 mil m.2 na frente da Ceagesp e abrigaria também lojas, restaurantes, bares e livrarias. A obra, de responsabilidade da São Paulo Turismo (SPTuris), estava prevista para 2008, mas foi deixada de lado. Segundo a SPTuris, a Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) é dona do terreno que seria usado na empreitada, mas desistiu da parceria e pediu a área de volta. O projeto foi anunciado como uma saída para a saturação da feira - pequena para os floristas do interior, que têm de estacionar os caminhões no mesmo lugar onde vendem os produtos. A única reforma no Mercado Livre do Produtor foi em 1974, quando o pavilhão foi duplicado. Abastecimento60 %dos alimentos consumidos no Estado de São Paulo saem da Ceagesp. Mais de 50 mil pessoas por dia passam pelo entreposto, que fatura R$ 9 milhões diariamente

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