22 de abril de 2012 | 03h00
O caminho até Ragatte foi longo. Uma empregada doméstica foi presa por passar informações sobre a rotina dos patrões para uma quadrilha. A polícia anotou os números registrados no celular dela e passou a monitorá-los. Eles correspondiam aos telefones anotados na caderneta que um traficante deixou para trás, em uma sacola com drogas, durante uma fuga em Paraisópolis. Foi feito o cerco telefônico.
Nas escutas, a polícia flagrou traficantes conversando com ladrões de residências, que falavam sobre os seus planos e pediam drogas para consumo próprio. Os ladrões também foram grampeados. Entre as pessoas que conversavam com eles estavam policiais militares -no áudio, sempre surgia o barulho do rádio da PM ao fundo, comunicando ocorrências.
Tiroteio. Único identificado até agora na região do Morumbi, o soldado Ragatte foi preso no dia 5, na sede do 16.º BPM, depois que foi flagrado conversando com bandidos pouco antes de um assalto no Butantã. Ele mantinha contato estreito com as quadrilhas. Houve tiroteio e um ladrão foi morto. A operação foi desencadeada pelo 15.º DP (Itaim Bibi), que ficou responsável, junto ao 34.º DP (Vila Sônia), por investigar assaltos a residência. O 89.º DP segue investigando o tráfico de drogas./ W.C.
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