06 de outubro de 2011 | 03h02
Pois ele já dedicou mais da metade da vida à carreira militar. Antes de entrar na corporação paulista, onde ficou de 1974 a 1977, o oficial do Exército já havia passado pela PM do Piauí, de 1963 a 1967. Isso rendeu a ele o apelido de "Piauí 5.0" - à época, estava no ar o seriado policial Hawaii 5.0. Próximo do então secretário da Segurança Pública Erasmo Dias, Torres de Melo participou da ocupação do câmpus da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), em 1977. Figura polêmica da ditadura, ele costumava premiar os PMs que se envolviam em ocorrências com morte.
Em Fortaleza, sua terra natal, onde vive hoje, teve uma breve carreira política: concorreu à prefeitura, em 1988, e conseguiu se eleger vereador, em 1995. Hoje, coordena o Grupo Guararapes, em que reúne antigos colegas de caserna para discutir a conjuntura política nacional. Tem 6 filhos, 14 netos, 8 bisnetos e a sensação de dever cumprido. "Produzi muito pelo meu País."
Só reclama quando o assunto é o pouco caso com que a sociedade trata os idosos. "O Brasil acha que quem resolve tudo é o novo", diz.
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