Presos são transferidos após morte em penitenciária de Martinópolis

Suspeita é de que detento tenha sido assassinado pelos colegas de cela; presídio é controlado pelo PCC

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Por José Maria Tomazela
Atualização:
A penitenciária de Martinópolis tem capacidade para 872 presos e está superlotada, com 1.975 detentos Foto: Reprodução

SOROCABA - Um dia após a morte de um detento na Penitenciária de Martinópolis, no oeste paulista, os presos que dividiam a cela com ele foram transferidos, nesta terça-feira, 10, para um pavilhão disciplinar da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, na mesma região. 

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A suspeita é de que o preso, de 36 anos, tenha sido assassinado pelos colegas de cela. Os dois presídios são controlados internamente pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A penitenciária de Martinópolis tem capacidade para 872 presos e está superlotada, com 1.975 detentos.

Apesar da aplicação da medida disciplinar, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que a remoção foi determinada em caráter preventivo. O número de detentos transferidos não foi informado. O preso morto cumpria pena de mais de 13 anos de reclusão por roubo qualificado. Na segunda, ele foi encontrado desacordado na cela e, levado para a enfermaria, foi constatado que já estava morto. 

De acordo com a SAP, não haviam lesões visíveis no corpo da vítima que indicassem morte violenta. O corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Presidente Prudente. Ainda conforme a SAP, o laudo indicou morte por causa indeterminada. A pasta abriu procedimento para apurar as circunstâncias da morte e eventuais responsabilidades dos outros presos.

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