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Presos rebelados causam incêndio e fazem 14 reféns em CDP de Taubaté

O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), força especializada em conflitos, entrou na unidade para tentar conter motim. Vizinhos relatam fumaça e barulhos de explosão

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA – Dois agentes penitenciários e 12 integrantes de grupos religiosos foram tomados como reféns durante uma rebelião de presos, na tarde desta quarta-feira, 8, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taubaté, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. Os detentos amotinados incendiaram roupas de cama e depredaram parte das instalações. O Grupo de Intervenção Rápida (GIR), força especializada em conflitos da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), estava no interior da unidade em prontidão para tentar conter a rebelião no fim da tarde. Uma pessoa havia sido liberada até o início da noite. 

O CDP está superlotado, com quase o dobro da população carcerária que comporta Foto: Google Street View

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De acordo com a SAP, os distúrbios tiveram início por volta das 15 horas, quando os dois agentes foram tomados como reféns. Os membros de grupos religiosos, que estavam no presídio para dar assistência religiosa aos detentos, também foram dominados. Ainda segundo a pasta, às 17h30, a direção do CDP conversava com os amotinados a fim de que cessassem o “ato de insubordinação”. Não havia informações sobre pessoas feridas.

A SAP havia chegado a informar que os membros de grupos religiosos eram ligados à Pastoral Carcerária, mas a informação foi retificada. Eles pertencem a diferentes grupos, como Deus é Amor, Cristo é Luz e Vida, Capelania de Taubaté e Assembleia de Deus. 

Moradores vizinhos da unidade disseram ter ouvido barulhos de explosão e, em seguida, visto colunas de fumaça escura saindo da unidade. No fim da tarde, parentes dos presos se aglomeravam na entrada do estabelecimento em busca de informações. Um helicóptero da Polícia Militar sobrevoava o presídio. O CDP está superlotado, com quase o dobro da população carcerária que comporta. A capacidade é para 844 detentos, mas atualmente a unidade abriga 1.521.

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