
28 de abril de 2013 | 02h03
A polícia prendeu na madrugada de ontem três suspeitos de matar a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, na quinta-feira, em São Bernardo do Campo, no ABC. Os bandidos atearam fogo nela enquanto estava viva. A prisão teria ocorrido na região do ABC, em uma favela entre Diadema e São Bernardo do Campo, por volta das 2h30.
Um dos três detidos é Jônatas Cassiano Araújo, de 21 anos, que foi reconhecido pela mãe em imagens gravadas pela câmera de uma loja de conveniência, onde fez saque com o cartão de Cinthya. Outros dois homens foram presos na mesma ação (são cinco pessoas capturadas), mas não teriam envolvimento com o crime. Os suspeitos foram levados para o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na região da Luz, no centro.
A Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) foi procurada pela reportagem diversas vezes pela manhã, mas só conseguiu confirmar as prisões no início da tarde, pouco antes de uma coletiva sobre o caso.
O crime. Três criminosos invadiram a clínica odontológica de Cinthya na tarde de quinta-feira, e dois deles roubaram seu cartão de crédito para fazer um saque em um caixa eletrônico. Ao constatarem que a dentista só tinha R$ 30 na conta, eles retornaram ao consultório, atearam fogo na vítima e fugiram - a polícia suspeita que haja um quarto envolvido no crime, que estaria esperando no Audi preto do lado de fora. Araújo foi identificado pelas câmeras de segurança do posto de gasolina.
O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela era solteira e morava com os pais e uma irmã, que tem deficiência mental. "A Cinthya era uma mãe para a irmã", disse seu pai, Viriato de Souza. Na manhã de sexta-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) classificou o crime de "bárbaro" e disse que as prisões ocorreriam "nas próximas horas". / WERTHER SANTANA e CAIO DO VALLE
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