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Presos 20 por desrespeito à Cidade Limpa

Por Camilla Haddad e Tiago Dantas
Atualização:

Uma operação surpresa da Polícia Civil conseguiu identificar e prender ontem 20 pessoas acusadas de colar propaganda em postes de São Paulo. Entre os anúncios havia contatos para aula de ioga e cursos preparatórios para concursos públicos. A ação foi coordenada pelo Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania (DPPC).Quem cola cartazes desrespeita a Lei Cidade Limpa e ainda comete crime contra o ambiente, que prevê detenção de 3 meses a 1 ano. Ontem, a Prefeitura e a polícia trabalharam juntas. Foi a terceira vez que houve a ação.Segundo o delegado Wilson Correia Silva, da Divisão do Meio Ambiente do DPPC, a operação mobilizou 24 policiais e 12 viaturas. "Começou às 8h e só terminou às 17h", disse. Ele explicou que todos os 20 detidos foram liberados após a fiscalização porque esse delito exige apenas um termo circunstanciado.Ao ser surpreendida, a maioria dos detidos disse que não sabia da proibição, que era um crime e que fazia a publicidade para gerar mais negócios. Nenhum deles foi pego colocando cartazes. A polícia chegou até os acusados porque a Prefeitura fez um mapeamento com base em informações de fiscais da Cidade Limpa. A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou que, até abril deste ano, foram retiradas aproximadamente 930 mil propagandas irregulares. O órgão disse que a parceria entre Prefeitura e Polícia Civil assegura a continuidade de operações, cujo principal objetivo é diminuir os anúncios irregulares. O valor da multa é de R$ 10 mil.Na mira. Placas de imobiliárias instaladas em postes serão o próximo alvo da operação da Prefeitura e da Polícia Civil. Segundo o chefe de Fiscalização da Lei Cidade Limpa, José Rubens Domingues Filho, empresas espalham pela cidade pequenos cartazes onde se pode ler o telefone de corretores e os dizeres "vende-se" ou "aluga-se"."Essa é nossa terceira operação conjunta. Já deu para notar que o número de lambe-lambes diminuiu 80% na cidade", disse Domingues Filho. Os fiscais notaram também que há muita propaganda irregular em postes dos Jardins, entre a Avenida Paulista e a Rua Estados Unidos. Domingues Filho disse que, em geral, o número de ocorrências no centro expandido é menor hoje do que em 2011.

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