Preso mais um suspeito de megarroubo em Campinas

Criminosos usaram fuzis de uso restrito e bombas para derrubar paredes da empresa; bando pode ter levado até R$ 50 milhões

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Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela e GUILHERME MAZIEIRO
Atualização:

CAMPINAS - A polícia prendeu na manhã desta sexta-feira, 18, o segundo suspeito de participação no assalto à empresa de valores Protege, ocorrido na madrugada de segunda-feira em Campinas. A prisão aconteceu durante buscas a um galpão supostamente usado pelos criminosos, no Parque Via Norte.

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Em um veículo foram encontrados um fuzil, uma pistola, munição, explosivos, capuzes, roupas táticas e vários pacotes de dinheiro, somando R$ 40 mil. Também foi apreendido um caminhão-baú de pequeno porte, possivelmente usado no megarroubo.

O homem que cuidava do galpão, Julio César de Medeiros, foi preso. A polícia acredita que o local serviu de base para os criminosos que assaltaram a empresa. Na terça-feira passada, policiais militares já haviam prendido, no bairro Campos Elísios, um homem de 27 anos com munição de fuzil e a chave de um veículo que pode ter sido usado no assalto.

A polícia não descarta que o homem preso ontem tenha participado de outros crimes semelhantes na região. A quantia encontrada em dinheiro também pode ter origem no tráfico de drogas, de acordo com as investigações. 

O delegado seccional Roberto José Daher explicou que há mais de um ano o local já era investigado e existe a possibilidade de o suspeito ser especializado nesse tipo de ação, em razão da semelhança entre os itens encontrados e os usados em crimes dessa magnitude.

“Ao que tudo indica, ele estaria ali (no barracão) para tomar conta do local. A gente sabe que as funções são bem delimitadas. Aparentemente, ele só estaria tomando conta do galpão, mas ainda está sob investigação. O fuzil estava dentro de um veículo, o que reforça a relação com o caso”, considerou Daher.

Além do armamento, a polícia encontrou na residência de Medeiros 3,5 quilos de cocaína, um tijolo de maconha e equipamentos para refino de drogas. 

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Cinematográfico. O assalto cinematográfico aconteceu na madrugada da segunda-feira na empresa Protege, em um bairro de classe média de Campinas. Na ação, os criminosos usaram fuzis de uso restrito e bombas para derrubar paredes da empresa. Um vigia teve ferimentos leves. O bando pode ter levado até R$ 50 milhões da empresa.

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