Preso em SP um dos mentores do furto no BC do Ceará

Homem foi preso na noite de sexta-feira, passeando em shopping da zona oeste de SP com a família

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Por Ricardo Valota
Atualização:

Policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) apresentaram à imprensa, na manhã desta segunda-feira, o comerciante Marcos Rogério Machado de Morais, de 33 anos, conhecido como "Cabeção". Segundo a polícia, ele foi responsável pela articulação do furto de R$ 164,7 mi do prédio do Banco Central em Fortaleza, em agosto de 2005. Marcos foi preso na noite da última sexta-feira, dia 17, no interior do Shopping Villa Lobos, zona oeste da cidade de São Paulo. O criminoso foi abordado quando passeava com a família dentro do shopping. O criminoso será escoltado pela Polícia Federal até o Estado do Ceará. Os bens da quadrilha que furtou R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza, em agosto de 2005, e que depois tentou roubar o Banrisul de Porto Alegre, em setembro de 2006, irão a leilão. A determinação foi dada pelo juiz Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara da Justiça Federal. A data do leilão ainda não foi marcada, mas deverá ser definida ainda em agosto, quando termina a conferência do que foi apreendido durante as investigações da Polícia Federal (PF) e instrução processual. O pedido foi encaminhado pela superintendência do Banco Central (BC), em Brasília. Para justificar a venda, o BC afirma que essa é uma maneira de "destruir as fontes de recursos das organizações criminosas. Além de demonstrar à sociedade que a prática delitiva não pode, sob quaisquer circunstâncias, consubstanciar em atividade rentável". Na tentativa de lavar o dinheiro furtado do BC, os bandidos compraram bens móveis e imóveis no Ceará e em outros nove Estados. O material apreendido é estimado em R$ 6 milhões. Segundo a PF, o grupo financiou também ações do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo e as tentativas de furto ao Banrisul, em setembro 2006, e à Caixa Econômica em Alagoas - também em 2006. Entre os bens da quadrilha apreendidos pela Justiça estão imóveis residenciais e comerciais, carros de luxo, fazendas, postos de gasolina, gado, armas, uma banca de revista e um salão de beleza. Do montante levado pela quadrilha, a PF só conseguiu recuperar R$ 30 milhões, sendo R$ 24 milhões em espécie e R$ 6 milhões em bens materiais.

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