Presidente da CPTM diz que negocia para finalizar greve ainda nesta tarde

Mario Bandeira contou que não sabe se governo terá sucesso e que reajuste tem de ser feito progressivamente

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Mário Bandeira, disse na manhã desta quinta-feira, 2, em entrevista à rádio Estadão ESPN, que o governo do Estado de São Paulo negocia para finalizar a greve da categoria ainda nesta manhã, mas que há mais chances de ela acabar no período da tarde. Cerca de 2,5 milhões de pessoas são afetadas pela paralisação no sistema ferroviário que atende a capital e Grande São Paulo.

 

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"Estamos reunidos, eu estava com o secretario (de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes) na negociação. Estamos mostrando para o sindicato os prejuízos para a população, para que eles tenham bom senso e ainda voltem (ao trabalho) na parte da manhã. Meu otimismo maior é para depois do almoço, depois das 12h, mas isso não quer dizer que tenhamos sucesso", afirmou ao lado de fora da reunião com trabalhadores.

 

O objetivo do encontro, que começou às 7h e às 9h30 ainda não havia acabado, é um acordo que encerre a paralisação ou que os grevistas cumpram a determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SP) e disponibilizem 90% do sistema nos horários de pico e 70% no restante do dia.

 

O funcionários pedem 5% de aumento real nos salários e cerca de 8% de correção sobre a inflação medida em São Paulo (IPC-Fipe), além de reajuste no valor do vale refeição. Bandeira diz que o governo negocia um aumento progressivo e reclama que a categoria quer além. "Eles alegam que no passado tiveram perdas e queriam recompor tudo neste período de dissídio. Propusemos 1,75% em janeiro e fevereiro (sobre a inflação) e aumento real de 1,5%, mais correção de 8,66% na refeição. O que eles pedem daria um aumento de cerca de 80% no valor real. Não é possível num período tão pequeno ter uma correção nesta abrangência".

 

Com a paralisação de todo o sistema, 89 estações estão fechadas em 22 municípios da Região Metropolitana, por isso o Plano de Apoio entre as Empresas em Situação de Emergência (Paese) não foi acionado. "O objetivo do Paese é cobrir pequenos trechos, com a demanda pequena. Não há sistema de emergência que atenda a isso", disse o presidente da CPTM.

 

De acordo com Bandeira, toda a Grande São Paulo é prejudicada com a falta de transporte, mas que as regiões mais extremas, como Francisco Morato e Franco da Rocha, na região metropolitana, Grajaú, na zona sul paulistana, e, principalmente, na zona leste, pelo tamanho da demanda.

 

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