Logo que foi informada da tragédia na região serrana do Rio, na manhã de anteontem, a presidente Dilma Rousseff enviou ao local o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, editou medida provisória liberando R$ 780 milhões para amenizar efeitos da tragédia e providenciou um sobrevoo nas áreas atingidas para ontem. A rápida decisão de acompanhar de perto o problema foi tomada com assessores. A viagem de ontem ao Rio foi a primeira desde que assumiu o governo, no começo deste mês. Trata-se de uma mudança significativa em relação à forma como agia o antecessor e padrinho por ocasião das tragédias naturais. Em novembro de 2008, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva demorou uma semana para visitar municípios de Santa Catarina arrasados por enchente. A demora custou ao presidente críticas fortes. E ele aprendeu a lição. Em junho, chegou a desmarcar viagem ao Canadá para prestar solidariedade a desabrigados em Alagoas e Pernambuco. Pela postura no Rio, Dilma se assemelha a Lula na relação com os aliados. Ambos não fizeram críticas diretas a governadores e prefeitos aliados pela falta de empenho em resolver o problema de ocupações irregulares. Como Lula no ano passado, também não exigiu do governo do Estado maior rigor nas cobranças às prefeituras das áreas de risco.