Presidente admite falha em presença e estuda correções

Segundo Police Neto, mudanças devem ocorrer em agosto. Vereador estuda também alterar remuneração por sessão

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Por Diego Zanchetta e / ADRIANA FERRAZ
Atualização:

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Police Neto (PSD), admitiu que o sistema atualmente usado pela Casa para marcação de presenças tem falhas, que serão corrigidas. Segundo ele, novas regras serão implementadas a partir de agosto, na volta do recesso dos parlamentares - iniciado ontem. O vereador informou que estuda modificar até o sistema de remuneração dos parlamentares, como forma de garantir o quórum das votações."Quem sabe já em agosto não podemos aprimorar o sistema?", cogitou Police Neto. A ideia, segundo ele, é fazer valer as presenças computadas na primeira verificação de quórum. Dessa forma, só os parlamentares que estivessem de fato presentes naquela sessão é que estariam livres do desconto na folha de pagamento no fim do mês. Cada "multa" custa R$ 465.Hoje, os vereadores podem marcar sua presença entre 15 horas e 19 horas, independentemente de a sessão estar aberta ou fechada. Pelas regras, se a sessão termina, por exemplo, às 16h, o vereador ainda pode marcar sua presença naquela mesma sessão até as 19h."Já pedimos para o nosso departamento analisar a possibilidade dessa mudança na remuneração", declarou Police Neto ontem. Para viabilizar a alteração, no entanto, será preciso fazer uma retificação no regimento interno da Casa, mediante aprovação dos demais parlamentares.Outra possível novidade anunciada pelo presidente após a revelação do esquema de fraude na marcação de presenças no painel é tornar obrigatória a biometria - leitura da impressão digital ou das mãos. "Seria um aparelho onde o parlamentar faria a presença com as digitais da palma da mão", explicou Police Neto. Por fim, o vereador ainda sinalizou ser favorável ao fim da senha de quatro dígitos para marcação de presença em plenário e da retirada do terminal instalado ao lado do elevador de uso exclusivo de vereadores. "Minha vontade é essa. Mas isso precisa ser construído com os outros pares."

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