Presença após sessão continua permitida

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Por Redação
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Ontem, apenas quatro parlamentares não compareceram à Câmara Municipal na volta do recesso. Três deles - o líder do PR, Aurélio Miguel, o corregedor da Casa, Marco Aurélio Cunha (PSD), e o vice-presidente, Claudinho de Souza (PSDB) - já haviam pedido licença para cuidar de interesses particulares e Agnaldo Timóteo (PR) solicitou licença médica. A Casa manteve, porém, permissão para vereadores digitarem presença mesmo após o encerramento das sessões. Ontem os trabalhos em plenário acabaram por volta das 17h55 e até 19h03 era possível fazer o registro pelos microfones.A manutenção da regra que dá prazo de quatro horas para marcação da presença provocou uma cena inusitada na volta do recesso. No fim da sessão, servidores que agora administram o painel permaneceram no plenário. As luzes ficaram acesas e um funcionário ia a todo momento checar se os microfones estavam funcionando. Mas os quatro vereadores ausentes não apareceram.Descontos. Outra mudança prometida pela presidência no fim de junho era condicionar o desconto na folha de pagamento a um processo de verificação nominal de presença durante a sessão. Mas essa alteração, que poderia ser feita por meio de um projeto de lei, segundo assegurou o presidente José Police Neto (PSD), não tem previsão para vigorar na legislatura atual.Para o vereador Cláudio Fonseca, líder do PPS, a Câmara deve promover outras mudanças no regimento interno, a fim de deixar o processo legislativo mais transparente. "Isso não deve ocorrer até o fim do ano, mas defendo que alterações mais profundas entrem em prática", disse, pedindo ainda que o desconto na folha de pagamento ocorra também em comissões parlamentares. "Esse controle não é feito hoje, mas deveria."O Estado vai acompanhar a presença dos vereadores em todas as sessões até o fim do ano. / A.F. e D.Z.

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