17 de agosto de 2013 | 02h10
Durante a audiência na Câmara Municipal, a secretária de Planejamento, Leda Paulani, também informou que não haverá mais patrulha à noite dos PMs contratados pela Prefeitura por meio da Operação Delegada. "Essa foi uma ideia que a população não recebeu bem nas audiências", justificou a secretária. "A população reclamou muito da violência dos policiais. A Operação Delegada não era uma meta nossa de campanha e não é prioridade do governo. Segurança é uma questão de Estado, em que o Município contribui na medida do possível."
Um convênio assinado em março entre Haddad e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) previa o uso de um terço do efetivo dos homens da Operação Delegada (1.745 soldados) na patrulha de bairros à noite. Mas boa parte dos PMs se recusava a fazer o "bico" oficial em bairros mais distantes - hoje eles ficam principalmente na região central, ajudando no combate ao comércio informal.
Questionada se a PM continuaria sendo usada para combater os camelôs ilegais, a secretária afirmou que "este governo não compactua com nenhum tipo de violência policial, seja para retirar invasores das ocupações seja para perseguir os camelôs nas ruas".
Sem conhecimento. A assessoria do comandante-geral da PM, Benedito Roberto Meira, afirma que não foi comunicada pela Prefeitura de que havia desistido da parceria no período da noite. A PM afirma que a iniciativa tem sido bastante elogiada pela população e serviu para diminuir os índices criminais em locais onde foi implementada, como a 25 de Março.
A mudança de planos é mais um de uma série de atritos entre o prefeito e a corporação. Haddad e o atual comandante da PM já chegaram a divergir várias vezes sobre como deveria ser a atuação da Operação Delegada. Enquanto Haddad queria que os PMs focassem na segurança comunitária, o coronel defendia que eles fossem utilizados no combate aos pancadões, fiscalização de casas noturnas e de táxis. /ARTUR RODRIGUES e D.Z.
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