
02 de junho de 2010 | 00h00
No próximo mês, um projeto piloto vai ampliar o horário de funcionamento das duas tendas do Parque D. Pedro II para a meia-noite - atualmente, funcionam das 8 às 20 horas - com a intenção de fazer com que as entidades distribuam comida nos locais durante o período noturno. "É uma forma de aumentar o grau de civilidade em São Paulo, criando condições para que as pessoas comam fora das ruas", afirma a secretária de Assistência Social, Alda Marco Antonio.
Existem mais de 40 grupos distribuindo alimentos no centro, segundo estimativa da Prefeitura. A maior concentração é no Pátio do Colégio, onde atuam cerca de 30 entidades. Outros lugares em que a Prefeitura pretende intervir são o Largo São Francisco, a Rua da Abolição, Praça da Sé e a Rua Frederico Steidel, em Santa Cecília. "Pode ser uma ideia interessante, mas ainda precisamos ver em detalhes como a Prefeitura pretende organizar esse trabalho", diz Marcelo Boscoli Batista, coordenador do Grupo da Sopa, que atua no centro.
Nos próximos 45 dias, a Prefeitura pretende abrir três tendas na Avenida 9 de Julho, Rua da Mooca e em Santa Cecília. "O banho e trabalhos com educadores era o atrativo inicial da tenda. Recebemos hoje 750 pessoas por dia. Queremos aumentar a frequência com a distribuição de comidas. A tenda vai funcionar como o primeiro passo para que o morador de rua mude de condição", diz a secretária.
Drama social
13.666
pessoas moram nas ruas ou dormem em albergues municipais em São Paulo
41,9%
das pessoas que dormem nas ruas (2.675) se acomodam nos arredores das Praças da Sé ou
da República
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