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Prefeitura estuda reduzir número de aves

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Por Adriana Ferraz
Atualização:

A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente estuda reduzir pela metade o número de aves nos parques municipais de São Paulo. O setor jurídico da pasta já autorizou a doação dos animais. A intenção é retirar dos lagos todos os 173 patos e marrecos, considerados "fruto de abandono dos munícipes e de difícil interação com humanos". O total de gansos e cisnes negros também deve ser reduzido, passando de 278 para 116.Se a medida for implementada, o Parque do Ibirapuera, na zona sul, vai perder 181 das 301 aves ornamentais que vivem em seus lagos, de acordo com planejamento da Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna Silvestre. Do acervo, apenas os cisnes brancos e os sinaleiros de origem chinesa ou africana deverão permanecer. Nesta segunda-feira, 26, o Estado relevou que esse conjunto de aves tem sido alimentado com ração de roedor, não de galinha, como indicado.De acordo com a secretaria, a redução do número de aves tem o objetivo de evitar a superpopulação de aves domésticas nos parques, que pode comprometer a qualidade da água dos lagos e aumentar o risco sanitário entre as espécies e os visitantes. A pasta ainda afirma que a medida melhoraria a qualidade de vida dos animais, reduzindo disputas por espaço e alimento. Um estudo paralelo levanta dados relativos à idade das aves, o grau de parentesco entre elas e a situação de saúde de cada uma. "A possível doação dos animais mais velhos engrandeceria o valor genético do acervo municipal de aves domésticas", afirmou a secretaria. Hoje, o controle populacional é feito em todos os parques pelos funcionários da divisão, que retiram os ovos de cisnes e patos, por exemplo, antes que eles possam ser chocados. A ação evita a reprodução das aves, com exceção dos cisnes brancos, que são liberados do processo.Caso seja aprovado, o estudo que prevê a doação das aves ainda terá de ser regulamentado pela pasta. Hoje, a capital não tem o costume de realizar programas de doação de animais. Mas, segundo funcionários da divisão, existe uma demanda registrada nos parques em uma espécie de lista informal. No mercado, um casal de cisnes negros, por exemplo, chega a custar até R$ 3 mil. / ADRIANA FERRAZ

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