
10 de novembro de 2017 | 06h00
SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo prepara um projeto para destinar nove imóveis e um terreno de locação social para pessoas em situação de rua na Mooca, na zona leste, e majoritariamente na região central da cidade. De acordo com o secretário municipal de Habitação, Fernando Chucre, o projeto tem uma verba de R$ 48 milhões garantida pelo Ministério das Cidades, além de investimento municipal de R$ 5,9 milhões.
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Dos endereços, oito ficam no centro. Segundo Chucre, os apartamentos serão destinados a ex-moradores de rua atendidos em aparelhos da Prefeitura, direcionando a quem vive em Centros Temporários de Acolhida (CTAs) e participa do programa do Trabalho Novo. A previsão é que após a conclusão do projeto, realização da licitação e encerramento das obras, as chaves devem começar a serem entregues em 2019.
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"Une emprego, renda e trabalho habitacional, que é uma forma de ele não reincidir, não voltar para a rua", disse ao Estado após o 1º Fórum da Moradia para a Longevidade, no qual apresentou parte do projeto.
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Criados a partir de 2002, os projetos de locação social de São Paulo são todos públicos, no qual os moradores pagam uma pequena taxa ao município, mas não têm a propriedade do imóvel. Para os imóveis, está em estudo a implantação de modelos de gestão privada ou de autogestão por uma entidade.
A Prefeitura também pretende lançar um pacote de "locação social em parque privado", em que um chamamento convocará propostas de proprietários de imóveis prontos e recém-lançados para uma parceria de período determinado, que deve ser em torno de cinco e 20 anos.
Segundo Chucre, a ideia pode ser uma alternativa para os imóveis ocupados na capital, que tem um déficit habitacional de 474 mil unidades.
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