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Prefeitura de SP vai decretar situação de emergência em áreas atingidas pelas chuvas

Moradores de bairros afetados poderão sacar parte do FGTS e município poderá solicitar verba federal; Covas, que estava em Berlim, antecipou a volta à cidade

Por Paula Felix
Atualização:
Alagamento na Avenida do Estado Foto: Felipe Rau/Estadão

SÃO PAULO - Em sua primeira aparição após voltar antes do prazo previsto de uma licença não-remunerada por causa dos estragos da chuva que atingiu a Grande São Paulo, o prefeito Bruno Covas (PSDB) anunciou  nesta terça-feira, 12, que a Prefeitura de São Paulo vai decretar situação de emergência nas regiões atingidas pela tempestade, como ruas dos bairros da Vila Prudente  e do Ipiranga.

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Na manhã desta terça, o prefeito visitou residências no Ipiranga. "A Secretaria (Municipal) das Subprefeituras está desenhando o mapa que vai orientar a elaboração desse decreto, que não atinge a cidade toda. Já atendemos 1.010 famílias e a expectativa é de que vamos chegar a 1.300 famílias que vão receber esse atendimento." Para essas pessoas, a gestão municipal ofereceu 3 mil colchões, 3 mil cobertores, 800 cestas básicas e 800 kits de higiene.

Segundo o secretário municipal de Segurança Urbana, o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, o decreto permite que o município solicite recursos federais e que as pessoas afetadas pela enchente efetuem o saque de parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "As pessoas atingidas vão poder sacar até R$ 6.220."

Covas disse ainda que moradores afetados podem solicitar isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e que vai se reunir nesta quarta-feira, 13, com o governador João Doria (PSDB), que convocou prefeitos da região do ABC para definir outras ações para ajudar essa população.

"Vamos solicitar ao governo do Estado que possa isentar da cobrança de água as famílias que estão na mesma região e que vão ter situação de emergência reconhecida pela Prefeitura de São Paulo e que possa criar, por meio da Desenvolve SP, uma linha de crédito para que elas possam, com juros subsidiado, comprar seus móveis e eletrodomésticos para poder reconstruir suas casas."

Licença

Na última sexta-feira, 8, a Prefeitura anunciou que Covas ficaria de licença do cargo entre os dias 9 e 15 deste mês, mas o motivo do afastamento não foi divulgado. Nesta terça-feira, o prefeito disse que estava em Berlim e que a viagem foi "por motivo particular".

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"A cidade de São Paulo é uma cidade que, se você me disser em qual período que ela não tem problema, eu até poderia me concentrar mais nesse período. No ano passado: em maio, caiu um prédio; em junho, a cidade ficou sem gasolina; em novembro, caiu um viaduto. Pelo tamanho e pela proporção de São Paulo, sempre vai ter alguma coisa acontecendo. Claro que, em uma ocorrência como a gente teve no dia de ontem, embora não fosse previsível, não se justifica estar fora da cidade. Se fosse possível prever, certamente, eu não estaria."