07 de outubro de 2014 | 11h17
As três primeiras intervenções são sobre o Rio Tietê e a última, sobre o Pinheiros, na zona sul. Nesses locais, haverá apenas pintura da ciclovia no solo, além de obras de pequeno porte. Outras oito pontes já têm projeto para instalação de ciclovias, mas requerem intervenções maiores. São Aricanduva, Vila Guilherme, Cruzeiro do Sul, das Bandeiras, Casa Verde, Limão, dos Remédios e Jurubatuba. Todas, com exceção da última, ficam sobre o Tietê.
As duas etapas, avaliadas em R$ 6 milhões, serão tocadas simultaneamente. As primeiras obras começam ainda neste mês. Um projeto-piloto foi iniciado há algumas semanas pela Prefeitura no Viaduto Alberto Marino, na região central. Parte das ciclovias será feita no canteiro central, outra nas faixas da direita e outra nas calçadas das pontes.
O cicloativista João Paulo Amaral, coordenador da campanha “Adote uma ponte”, da ONG Ciclocidade, afirma que a demanda de travessia segura é antiga entre os ciclistas paulistanos. “Era o que faltava para haver uma rede integrada para bicicletas na cidade. É a conexão entre os dois lados dos rios, em vez das pontes segregadoras que temos hoje.” Ele cobra ainda fiscalização para o respeito aos mecanismos.
‘Lombofaixas’. Para tornar mais seguro o acesso dos pedestres e ciclistas às pontes, a Prefeitura instalará “lombofaixas” (lombadas com faixas de pedestres e de ciclistas em sua parte superior) nas alças de acesso às estruturas, que hoje não têm nenhum mecanismo de proteção para esse público. Segundo Tatto, além das “lombofaixas” haverá restrição da velocidade máxima permitida, melhoria da sinalização e, onde for necessário, a instalação de pisca-pisca para os motoristas ficarem atentos.
De acordo com a Prefeitura, outras pontes, como as que ficam sobre o Rio Tamanduateí, e viadutos da cidade receberão no futuro intervenções parecidas, usando outras tecnologias. “Às vezes, as pessoas falam que, como vai passar pelas pontes, os pedestres vão perder espaço. Não é verdade. Você pode ‘grampear’ na ponte uma passarela, que permite que o pedestre passe por ali, e dedica a calçada velha para o ciclista”, disse o prefeito. Com essa técnica, as passarelas, geralmente de metal, podem ser afixadas na lateral das pontes, criando espaço para pedestres.
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