Prefeitura de SP conclui primeira etapa da retirada de barracos da Cracolândia

Pessoas retiradas são realojadas em quatro hotéis das redondezas; segunda etapa da desocupação está prevista para esta quinta-feira, 16

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo concluiu na tarde desta quarta-feira, 15, a primeira etapa da retirada de barracos da favelinha instalada na Cracolândia, região central de São Paulo. Os barracos desmontados estavam na Alameda Dino Bueno, entre a Praça Júlio Prestes e a Rua Helvétia. Funcionários da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras trabalhavam na limpeza do local.

As pessoas retiradas estão sendo cadastradas. A segunda etapa da desocupação, prevista para esta quinta-feira, 16, ocorrerá no quarteirão seguinte.

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Casa, comida e emprego. A gestão Fernando Haddad (PT) pôs nas ruas sua estratégia para enfrentar a Cracolândia, região no centro de São Paulo ocupada por dependentes químicos que já passou por seis prefeitos e resistiu a todos. Sem participação direta da polícia e avisando que "não pretende acabar com o vício", três secretarias da Prefeitura vão oferecer comida, moradia, emprego (remunerado) e tratamento médico.

A remoção de barracos começou na terça-feira, 15. As pessoas removidas estão sendo acomodas em quatro hotéis das redondezas com as diárias pagas pela Prefeitura. As pessoas foram acomodadas de acordo com o relacionamento entre si: famílias, casais ou apenas amigos. No último caso, os quartos poderão ser compartilhados por até quatro pessoas. Por conta própria, os moradores se separam entre "gente de bem" e "encrenqueiros"

Para morar nesses quartos, os dependentes terão de trabalhar para a Prefeitura na varrição de dez praças da região , contratados pelas prestadoras de serviços encarregadas da zeladoria urbana. O salário será de R$ 15 por dia, pago uma vez por semana. Além das quatro horas de trabalho, terão de cumprir jornada diária de duas horas em cursos de capacitação oferecidos pela Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego.

Saúde. Na área da saúde, não haverá mudanças em relação aos tratamentos que já são oferecidos atualmente aos dependentes. "Os programas de tratamento, em parceria com o governo do Estado, vão continuar. O que fizemos foi aumentar a quantidade de leitos de internação na nossa rede já existente, nos 18 hospitais da cidade", disse o secretário de Saúde, José di Filippi Junior.

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