FRANCA - A Justiça condenou a Prefeitura de Araraquara a pagar R$ 7 mil para a dona de um cão que foi pego na rua e acabou sacrificado. A alegação foi que o animal estaria com sarna, mas a proprietária nega. Ela considerou baixa a indenização e promete recorrer, assim como a prefeitura que tentará não pagar nada.O cão, chamado Gabriel, foi morto há um ano, no dia 20 de março de 2012, no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município. Na época, a veterinária do órgão, alegou que o animal estaria com sarna e por isso foi necessário o sacrifício. A proprietária do cachorro negou essa versão e o juiz da Vara da Fazenda Pública de Araraquara considerou que a eutanásia foi desnecessária e sem uma justificativa.A decisão é em primeira instância e cabe recurso de ambas as partes. A administração municipal vai recorrer até por conta da lei que obriga o município a tentar reverter decisão contrária. A mulher também não ficou satisfeita por achar que o valor da indenização é baixo. Diante disso, irá à Justiça requerer um valor maior de dano por conta da sua perda.TACA família alega que o cão, de 8 anos de idade, fugiu menos de duas semanas antes de ser localizado no Centro de Zoonoses. Ele foi achado por uma advogada que avisou a dona, uma manicure de 37 anos. Mas quando ela foi ao local disseram que ele acabara de ser sacrificado com uma dose de cloreto de potássio.O caso foi então parar na polícia e no Ministério Público. Como desdobramento, a veterinária acabou demitida e a prefeitura se viu obrigada a assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) se comprometendo a mudar o sistema de tratamento dos animais apreendidos nas ruas da cidade.