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Prefeitura 'caminha na direção' da gratuidade da tarifa, diz Haddad

Em reunião com entidades estudantis, prefeito disse que é preciso estimar quanto do orçamento seria comprometido

Por Felipe Resk
Atualização:
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad Foto: Nilton Fukuda/Estadão

SÃO PAULO - Após se reunir com representantes de entidades estudantis para discutir a ampliação da gratuidade no transporte público, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que, a atual gestão tem "demonstrado caminhar nessa direção, dentro das possibilidades". Ao todo, a carta entregue à Prefeitura conta com dez reivindicações, entre elas a ampliação do passe livre para alunos da rede privada, incluindo universitários.

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Haddad ainda não definiu se as medidas propostas pelos movimentos estudantis serão adotadas, mas anunciou a criação de uma comissão para analisar cada uma das sugestões. O prefeito disse, ainda, que tem "simpatia" pela pauta de reivindicação, mas que é preciso "estimar quanto do orçamento seria comprometido".

"(Precisamos estimar) se é possível atender com esse orçamento ou com o orçamento do ano que vem, se é preciso fonte adicional de recurso...", explicou. Na visão de Haddad, contudo, a medida já anunciada pela administração municipal, com passe livre para alguns usuários, é a que teria maior impacto, entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões - segundo afirma. 

Atualmente, a Prefeitura concede gratuidade para estudantes de escola pública, beneficiados do Prouni e Fies, além de universitários com renda familiar de até 1,5 salário mínimo. 

Entre as entidades que se reuniram com o prefeito, estão a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes (UEE), que apoiaram o ato do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da tarifa de ônibus para R$ 3,50, ocorrido na semana passada.

Questionado sobre os protestos, Haddad disse que "mantém diálogo com várias forças políticas da cidade" e que tem explicado as medidas adotadas pela Prefeitura. 

Ampliação. Além de estender o benefício do passe livre estudantil para a rede privada, as propostas em análise incluem também suspender a regra que restringe o passe livre a estudantes que moram a até um quilômetro da escola e aumentar para 31 cotas de viagens por mês - pelas regras da Prefeitura, são 28 cotas. Mas os alunos querem que o passe livre seja irrestrito para estudantes.

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As propostas estudantis também serão encaminhadas para o governo do Estado, responsável pelo gerenciamento do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

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