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Prédio que pegou fogo perto da 25 de Março será demolido a partir de sábado

Condôminos aprovaram demolição de imóvel de dez andares, que corre risco de desabar

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Por Gonçalo Junior
Atualização:

O edifício de dez andares que pegou fogo na região da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, será demolido a partir deste sábado. A informação foi confirmada pela Prefeitura da capital paulista nesta quinta-feira, 14. Ainda existe risco de desabamento do prédio localizado no número 78 da Rua Comendador Abdo Schahin, rua paralela à 25 de Março. Outros oito empreendimentos da região estão interditados. Uma assembleia de condôminos também autorizou a demolição do imóvel. 

Bombeiro próximo ao prédio que pegou fogo na região da Rua 25 de Março Foto: Werther Santana/Estadão - 13/07/2022

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O poder municipal ainda não divulgou detalhes do processo, como o prazo para a obra e as áreas que serão interditadas. Hoje, toda a rua Abdo Schahin está bloqueada. “À tarde, teremos uma avaliação dos dados que estão sendo colhidos da estrutura por meio de drones. No final da tarde, teremos todo o plano de trabalho. A empresa já está sendo contratada para começar o trabalho no sábado”, afirmou Marcos Monteiro, secretário de Infraestrutura Urbana e Obras de São Paulo.

A partir dessas informações complementares será possível determinar se o edifício terá de ser demolido parcialmente ou em sua totalidade. A implosão do prédio está descartada. “Temos um edifício contido. Não há condições de implosão. Vai ser uma demolição mais delicada, com equipamentos externos no primeiro momento. Dependendo das condições, vamos avaliar se há condições de entrada no edifício para demolição manual”, completou o secretário.

Diante do risco de desabamento, a Prefeitura acelerou o processo burocrático para a autorização para demolição. Uma assembleia de condôminos autorizou a destruição do edifício de 10 andares, chamado “Comércio e Indústria” na noite desta quarta-feira, 14. Com isso, a Prefeitura não vai precisar de autorização judicial. O problema poderá ser resolvido de forma mais rápida.

A autorização dos moradores permite que a Prefeitura inicie os trabalhos de forma emergencial. Os valores gastos serão apurados durante a realização dos trabalhos e serão restituídos pelos condôminos para o poder municipal.

Nesta quinta-feira, um dia depois de o Corpo de Bombeiros apagar o incêndio, pequenas chamas surgiram pela manhã. A corporação retornou ao edifício, mas descartou o risco de um novo incêndio de grandes proporções. De acordo com os bombeiros, as chamas se devem às altas temperaturas no interior do prédio que chegam a 200 graus. “A fumaça continua por conta da temperatura do ambiente, liberação de gases do material queimado e vapor d'água, além do vento que direciona a fumaça para o exterior da edificação”, informou o Corpo de Bombeiros.

Cerca de 2,5 mil lojas foram afetadas pelo incêndio. A maior parte (80%) não funcionou ou abrir as portas em horários reduzido por causa das limitações impostas pela Defesa Civil. Representantes da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco) ainda não conseguem estimar os prejuízos. 

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Um incêndio de grandes proporções começou na noite de domingo no prédio de 10 andares. Outros três endereços, entre a primeira igreja ortodoxa do País, foram atingidos. Não havia pessoas no edifício onde começaram as chamas, mas depois bombeiros ficaram feridos durante o processo para apagar o fogo. Na quarta-feira, os bombeiros declararam que o incêndio havia sido extinto. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) mantém bloqueios de ruas próximas. O bloqueio para pedestres permanece na rua Abdo Schahim.  

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