
29 de setembro de 2018 | 01h37
SÃO PAULO - O prédio comercial que desabou após incêndio no Pari, região central de São Paulo, na noite desta sexta-feira, 28, não tinha Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O imóvel estava vazio no momento em que o fogo começou, mas dois bombeiros que trabalhavam no combate às chamas acabaram feridos.
O tenente Carneiro sofreu queimaduras graves nos braços e no pescoço, próximo às vias aéreas, e foi socorrido ao Hospital das Clínicas. Ele está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), com estado de saúde estável, e deve passar por tomografia.
Comandante do Posto de Bombeiros de Campos Elísios, também no centro, Carneiro também é atuou no rescaldo do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paiçandu, que ruim após um incêndio, em maio, e matou ao menos sete pessoas.
Desta vez, 26 equipes dos bombeiros foram acionadas para o atendimento emergencial no Pari. "Tenente Carneiro estava no terceiro pavimento, usando todo material de proteção, mas recebeu uma onda de calor muito forte", diz o capitão Marcos Palumbo, porta-voz da corporação.
A outra vítima foi o cabo Tiago, que sofreu queimadura leve nos dedos da mão. Ele chegou a ser levado para o Hospital Mandaqui, na zona norte, mas já recebeu alta.
Por causa das chamas, parte do prédio, localizado na Rua Carnot, despencou. Imagens da TV Globo mostram o momento em que os andares superiores desabam. Não havia ninguém no interior do prédio no momento do colapso da estrutura.
Segundo Palumbo, o andar superior estava "entupido" de materiais que facilitaram o espalhamento do fogo. "Havia muito tecido, roupa, materiais plástico. Tinha até manequim", afirma. "Também estavam estocados de maneira irregular, obstruindo saídas."
Por causa das lojas de roupa, é comum haver incêndios na região, diz o porta-voz dos Bombeiros. Autoridades da Prefeitura e da corporação estão avaliando os danos causados ao imóveis próximos. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio.
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