
05 de agosto de 2007 | 15h44
O prédio da TAM Express, atingido pelo vôo 3054 no dia 17 de julho, o maior acidente da história da aviação brasileira, foi implodido às 15h30 neste domingo, 5. Em apenas três segundos, o prédio foi ao chão. A TAM confirmou que o terreno será cedido à Prefeitura para a construção de um memorial em homenagem às 199 vítimas do acidente. Veja também: Maiores desastres da aviação brasileira Cronologia da crise aérea Quem são as vítimas do vôo 3054 Tudo sobre o acidente do vôo 3054 A implosão durou três segundos e uma grande nuvem de fumaça tomou conta da região. Agora, homens e máquinas trabalham no local dos escombros. Parte do prédio da TAM Express não chegou a cair na implosão e deve ser demolida por funcionários. Segundo o engenheiro responsável pela implosão, Manoel Jorge Dias, a medida foi intencional para garantir a segurança dos prédios vizinhos. A região do imóvel, que fica na Avenida Washington Luís, foi interditada por precausão. O Aeroporto de Congonhas permaneceu fechado entre 15h15 e 16 horas. Acessos das avenidas Washington Luís e dos Bandeirantes foram bloqueados temporariamente, pouco antes do início e do término da implosão. Desde às 14h30, foram interditadas as ruas Baronesa de Bela Vista; Barão de Suruí e a Otávio Tarquínio de Souza, e liberadas às 16 horas. O sentido centro-bairro da Avenida Washington Luís está interditado desde o acidente. A CET e a Defesa Civil devem liberar este trecho até às 19 horas, segundo Dias. Implosão O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e dezenas de curiosos se aglomeraram em frente ao prédio da TAM Express para acompanhar a implosão. Foram utilizados aproximadamente 75 quilos de explosivos em 300 pontos do edifício. A empresa que fez a implosão do prédio é a mesma responsável pela destruição do presídio do Carandiru, em 2002, e do Edifício Palace 2, que desmoronou no Rio de Janeiro em 1998. Em nota, a TAM informou nesta manhã que recebeu a documentação dos órgãos envolvidos na investigação das causas do acidente com o Airbus e com a busca de corpos. Segundo a empresa aérea, a secretaria de Segurança do Estado "informa que encerrou completamente os trabalhos de buscas por vítimas e de seus pertences na área". Moradores Os 600 moradores dos 150 imóveis interditados só poderiam voltar para casa depois das 16 horas, após a limpeza do entulho. Pela manhã, técnicos da Defesa Civil distribuíram folhetos pedindo que os moradores deixassem suas casas - com portas e janelas trancadas -, desligassem a chave geral, o registro de água e gás, mantivessem os animais presos em lugar seguro (ou que os levassem junto) e que deixassem os veículos fora da área interditada. Os moradores estavam apreensivos com a implosão, mas queriam a liberação das ruas interditadas o quanto antes. "A expectativa é para acabar isso logo. A vida e o trânsito devem voltar ao normal porque hoje vivemos um caos", disse Bruno Barros, de 22 anos, morador da região.
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